Hoje me perguntaram se eu sei o que é sentir a falta de alguém.
Bem... a principio é uma pergunta fácil de responder, entretanto, não é nesse ponto superficial que quero chegar.
Já deu pra perceber que boa parte das publicações feitas aqui são um tanto cheias de significados intrincados nos quais somente eu e mais duas ou três pessoas saberiam interpretar; sendo boa parte dessas publicações, textos meio blue. Claro que, nunca fui muito de confessar meus reais sentimentos a ninguém, motivo pelo qual os despejo em forma de algumas palavras aqui, buscando um alívio... quem sabe.
Não sei se seria um bom momento para dissertar a respeito mas, infelizmente, nesse meio tempo de Blog, perdi de duas formas literais muitas das pessoas queridas das quais foram mencionadas (como também não mencionadas) aqui. Sim, duas formas literais! A mais "comum" delas, com a morte. E a segunda, e no meu ver, mais cruel, pela falta de convivência devido fatores externos (vamos deixar assim).
Revirando algumas pastas de fotos, acompanhada de um desabafo incomum de minha mais nova confidente e ao som do bom e velho Pink Floyd, me bateu uma nostalgia incomum. Uma dor no peito apertando de vontade de falar para alguns deles a falta que me fazem. Entretanto... o orgulho as vezes fala um pouco mais alto.
Uma foto em especial me chamou a atenção. Dois semblantes felizes, almas entregues por inteiro a uma união. Um projeto simples de base fraterna. Digo com toda ênfase do mundo, era meu porto seguro. Era.
Há uns dois meses tive uma experiência que posso dizer nunca ter tentado antes: falar tudo o que estava engasgado na minha garganta há quase 2 anos para meu (famoso) Interlocutor. Foi, de certa forma, algo bom. Uma sensação gostosa de "Ufa! Um já foi!". Mas como a vida é uma caixinha de surpresas, isso não valeu de muita coisa, afinal, regredimos pro antigo "oi-tchau" que sempre me matou. A questão seria, então, a possível abordagem dos demais...
Passadas umas duas horas vendo fotos e chorando igual a uma criança em meio a uma guerra, me peguei lembrando de pequenos bordões que fizeram parte da minha fase mais feliz com as pessoas que mais me confortavam, coisas como "abraço ateu", "colo no solzinho do intervalo", "toca com prazer até sair a nota!", "é o Jamal e a Magrela pra sempre!", "minha limoa", "come Tibbers, come with me"...
Acredito que esse vazio todo se deve justamente pelo fato de eu não ser crápula o suficiente para simplesmente substituir essas peças que me acalentaram por tanto tempo.
Em face a todos os acontecimentos recentes - discussões, desilusões, felicidades instantâneas, burradas, decepções - adotei um termo como "horizonte" para minhas decisões: whatever (seja o que for).
Há alguns minutos atrás, recebi um conselho que confrontou esse termo de frente. Esse conselho era basicamente esquecer o orgulho de vítima e se dar o luxo de simplesmente continuar a viver da mesma forma que antes. Entretanto, isso valerá a pena?
Apenas o senhor do tempo sabe.
(apenas sinto a falta da importância que vocês tinham e da razão que me davam para sorrir.)
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