E ela enfim acordou para mais um sábado monótono. Levantou somente para não tomar mais uma de muitas broncas já levadas no passado por acordar tão tarde...
As horas se arrastavam e nada de novo acontecia. Jogos, blogs, textos, pessoas, nada mais a satisfazia em quaisquer sentidos.
Um sujeito chegou às tantas horas com intuito de tentar movimentar o dia dela por algumas horas, porém foi falho, deixando-a assim, a sós com seu mar de pensamentos novamente em questão de meia hora, talvez.
Cansada de não fazer absolutamente nada e pensar demais, resolveu isolar-se por umas duas horas em seu leito. Apenas fechou os olhos e pronto: a imagem daquela criatura esguia e sorridente veio-lhe a mente como num passo de mágica. E assim, ela sonhou com notas musicais, flores, campos abertos, silencio e paz. Era o que ela mais desejava pro resto da sua existência.
"I'm here for you" she said "And we can stay for awhile, my boyfriends gone, we can just pretend." Era o despertador dela que tocara sem qualquer pausa... já eram 21 horas! - Preciso começar a ocupar meu tempo de uma forma melhor, assim não vai dar. - criticava a si mesma, emburrada com uma cara de sono e as bochechas começando a ficar rubras.
Levantou-se e seguiu até seu computador, sentou-se e começou a videar atualizações e conversas que perdera durante o tempo em que "esteve fora".
Quinze minutos após esse super trabalho árduo, algo a surpreendera. Mas não foi uma surpresa tão inesperada, até porque o tema discutido no momento era fútil. Pois bem, era a imagem sorridente tomando formas reais no momento.
Devido fatos ocorridos anteriormente a este dia, ela não ligara muito ao que seu Interlocutor estava dizendo, e estava, praticamente, participando de um monólogo, consentindo com os milhares de assuntos que estavam lhe sendo ditos.
Até que, em um certo momento do tal monólogo, ela estava se vendo de volta no velho circulo-vicioso que tomara seus pensamentos há alguns meses atrás por conta de um simples e significativo importar do seu Interlocutor por um objeto que ela dera para ele naquela época.
Isso a deixou sem palavras, literalmente. Ela não sabia o que fazer, não sabia se colocar de uma forma não exaltada diante de tal situação - Mas... como ele pode se importar tanto com um pedaço de papel? Não faz sentido... Porque ele tá me dizendo isso? Urgh!
Não tendo outra alternativa, e até para não parecer tão intrigada com o ocorrido, resolveu então, participar do tal "joguinho" do interlocutor. Começaram então a brincar, cantar, conversar, rir, um com o outro, da mesma forma que faziam em um passado não muito distante...
A sensação que ela estava tendo era como se tivessem injetado 500ml de Morfina em sua veia. Estava, por fora, tudo muito bem, muito sintonizado, porém, por dentro queimava uma mistura de dor com esperança, ou qualquer quel do gênero.
Ela se sentiu confortada com palavras ocas por um curto espaço de tempo, e tudo voltou na mesma proporção do momento. E, da mesma forma que acontecera, veio o ódio de si mesma... ódio por não conseguir relutar... ódio por não ter coragem de tentar garantir algo por alguns dias, como fizera no passado.
Quase que na mesma hora em que o fogo do momento abaixou, ela resolveu fazer uma simples releitura do que acontecera em uma folha qualquer de caderno, a qual se encontrava ao lado de uma mini-escultura que os dois fizeram juntos. Após tudo isso, a garota concluíra que seria melhor para todas as partes envolvidas se deixassem o tempo decidir qual seria o melhor para todos. E no fim do escrito, havia uma mensagem bem pequena, mas em tamanho suficiente para entender o que estava escrito...
"I still love him"
"Se ainda se importa, não deixe que eu saiba..." ♫ (Snuff - Slipknot)
Nenhum comentário:
Postar um comentário